top of page

Servir o Orelhudo pelos SMTUC é uma necessidade e um direito dessa população


Posicionamento dos vereadores do Somos Coimbra sobre Extensão da rede de transportes à localidade de Orelhudo, apresentada na Reunião de Câmara de 21 de dezembro de 2020


O ajuste da oferta de transportes às necessidades da procura, ouvindo diretamente a população é a metodologia de trabalho que sempre foi defendida pelo Somos Coimbra, pelo que as propostas de ajuste de carreiras, propostas ao longo do último ano têm merecido o nosso voto favorável. As propostas que nos vão chegando, que nem um dominó desarticulado, pecam essencialmente pela demora e pela sua desarticulação no tempo e no espaço.


De facto, e desde que o Somos Coimbra assumiu funções neste executivo, em outubro de 2017, que sempre alertou para a necessidade de revisão e de alargamento da rede dos SMTUC de forma a nortear as alterações a entrarem em vigor a 4 de dezembro de 2019, servindo ainda de input aos cadernos de encargos da CIM, na sua articulação com os serviços intermunicipais e inter-regionais. Infelizmente e à boa moda Coimbrã, tudo ficou para a última da hora e as alterações foram pensadas em cima do joelho.


Servir o Orelhudo pelos serviços dos SMTUC é uma necessidade e um direito dessa população, e que o Somos Coimbra apoia de forma entusiástica. Apesar disso e, mais uma vez, vamos colidir com as carreiras intermunicipais operadas por privados, que embora recorram a circuitos diferentes, não deixam de ver a sua procura diminuída, numa fase em que decorrem os concursos para as concessões de transportes lançados pela CIM, gerando-se assim conflitos desnecessários.


Relativamente à proposta apresentada, o Somos Coimbra insiste na necessidade de ser definido explicitamente um período experimental durante o qual o serviço e a procura sejam devidamente monitorizados de forma a perceber se este é o circuito e a oferta que efetivamente interessam à população. Criar um serviço é fácil e apreciado, mas extingui-lo gera frequentemente contestação por violação da sensação de direitos entretantos adquiridos.


Segundo a descrição da informação técnica, o serviço proposto não é um serviço flexível, mas regular, já que nenhuma das componentes é variável. Segundo o Regime Jurídico do Serviço Público do Transporte de Passageiros (RJSPTP), o «Serviço público de transporte de passageiros flexível» é o serviço público de transporte de passageiros explorado de forma adaptada às necessidades dos utilizadores, permitindo a flexibilidade de, pelo menos, uma das seguintes dimensões da prestação do serviço: itinerários, horários, paragens e tipologia de veículo.


Contudo, e a avaliar pelos níveis de procura associados ao horário a extinguir (3 viagens), parece-nos que a Autoridade Municipal de Transportes de Coimbra deveria ponderar seriamente a criação de um serviço flexível, nas suas dimensões de trajeto e horários, respondendo às necessidades da população, com custos francamente mais reduzidos.


Finalmente, perguntamos qual o regime tarifário a vigorar? Parece justo que o bilhete simples validado nesta nova linha 203, assim como na 201, permaneça válido, em caso de transbordo para outra linha dos SMTUC, para acesso ao destino final.

Comments


bottom of page