Decorrerá hoje a eleição indireta dos dirigentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), em cumprimento do Regulamento aprovado pela Portaria n.º 533/2020, de 28 de agosto último, de acordo com o qual um colégio eleitoral composto pelos autarcas da zona de intervenção de cada CCDR (Presidentes de Câmara, membros das Assembleias Municipais, Presidentes de Junta de Freguesia) elege o seu Presidente e um dos seus Vice-presidentes (sendo o segundo Vice-presidente designado pelo Governo).
Não obstante, a democracia participativa esgotar-se-á na dita eleição, já que, uma vez eleitos, os ditos representantes das CCDR prestarão contas, de forma exclusiva, ao Governo central.
Sucede ainda, porém, que - conforme foi sobejamente noticiado - os candidatos àqueles cargos foram previamente escolhidos por acordo entre o Partido Socialista e o Partido Social-Democrata (os dois partidos com maior representação no parlamento nacional e nas autarquias), transformando, assim, esta eleição num mero pró-forma ou, em bom português, em mais uma fraude eleitoral organizada e controlada por quem, não representando já a vontade popular, vai tentando manipular a democracia.
Convém ainda não esquecer que esta mudança foi por muitos anunciada como uma antecâmara da regionalização – o que torna ainda mais preocupante este modus operandi.
Este modelo de eleição, que mais não é do que um ‘arranjinho partidário’, é, pois, verdadeiramente inaceitável.
Os portugueses merecem mais respeito. E a democracia merece mais cuidado.
No Somos Coimbra, mais uma vez, honrando o compromisso com os nossos eleitores, dizemos NÃO a este vergonhoso logro.
No Somos Coimbra é a independência que nos distingue e o respeito pela vontade dos eleitores que nos move.
Por tudo isto, nós, Somos Coimbra, nunca pactuaremos com resultados combinados.
Somos Coimbra
13 de outubro de 2020
Comments