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Posição do Somos Coimbra sobre a Contratação de Empréstimo de Médio e Longo Prazo para Financiamento da Aquisição de Imóvel sito na Prédio sito na Rua Ferreira Borges, apresentada na Reunião de Câmara de 28 de junho de 2021
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Na reunião do passado 31/5, o Somos Coimbra votou contra o exercício o direito de preferência, por parte da CMC referente à aquisição do Prédio sito na Rua Ferreira Borges, n.º 12/Praça do Comércio, n.º 61, Coimbra.
O sentido de voto baseou-se no facto da Baixa de Coimbra precisar urgentemente de incentivar à presença humana a todas as horas do dia, assumindo a CMC um papel fundamental na promoção do investimento, na dinamização económica e na criação de emprego. O Somos Coimbra considera que, ao exercer o direito de preferência na aquisição deste prédio, a coligação PS-PCP/CDU está a sobrepor-se e a impedir um investimento privado na Baixa, de 1,8 milhões de euros, o qual poderia constituir um novo estímulo e uma nova dinâmica empreendedora para atingir tais desígnios. Por oposição, a CMC, ao pretender transferir os serviços camarários da Rua da Sofia para a Rua Ferreira Borges, associado a um horário normal de funcionamento, em nada irá contribuir para revivificar a Baixa, contribuindo apenas para desertificar as ruas, particularmente ao final do dia.
A agravar, a CMC irá contrair um empréstimo de 1,8 milhões de euros, a 15 anos, pagar 40 000 euros de juros, quando deveria canalizar investimento para a aquisição de prédios devolutos e degradados que não gerem o interesse por parte do setor privado, potenciando a sua reabilitação e reconversão seja numa perspetiva empreendedora seja como potenciador de uma política de habitação a preços controlados.
Continuamos a defender que uma decisão desta natureza deveria ser obrigatoriamente acompanhada de um estudo económico e de análise custo-benefício, o qual, tendo por base a despesa do capital, as necessidades infraestruturais da autarquia e as rendas pagas, comprovasse a existência de um claro beneficio económico ou de um manifesto interesse público com a aquisição do prédio.
Assim, por não nos revermos nesta política de investimentos e sobretudo face a esta falta de estratégia para dinamização de uma baixa em declínio e morte lenta, vemo-nos obrigados a votar contra a contração deste empréstimo.