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Criar condições para se votar com segurança sanitária


Em Coimbra as mesas de voto das eleições presidenciais do dia 24 são, surpreendentemente, praticamente as mesmas das eleições legislativas de 2019, como se não houvesse pandemia.


Isso é particularmente visível na maior freguesia de Coimbra, onde vamos ter as mesmas 36 mesas de voto de 2019, no mesmo edifício, a Escola Avelar Brotero. Ou se obriga as pessoas a esperar cá fora, à chuva, ou será impossível manter distanciamento social. As longas filas e tempos de espera da votação antecipada de ontem mostram que a Câmara Municipal de Coimbra (como outras Câmaras, infelizmente) não soube preparar-se devidamente; não se pode repetir o mesmo no próximo domingo, sob pena de termos taxas de abstenção históricas. Felizmente o tempo ontem esteve bom, mas para o próximo domingo a previsão é de chuva.


Apelamos à Câmara Municipal de Coimbra que, em diálogo com as freguesias, melhore as condições sanitárias da votação, afastando as mesas de voto e, se ainda for possível, aumentando o número de mesas de voto. Por exemplo, em Santo António dos Olivais, usando o Pavilhão Mário Mexia, ou a Escola Infanta D. Maria, para colocar parte das mesas de voto.


A situação de pré catástrofe que se vive nos hospitais mostra bem porque não se pode transformar as eleições em mais um pico de contágios, a que o SNS já não tem capacidade de responder.


Outra das conclusões óbvias desta situação é a necessidade de modernizar as eleições em Portugal, que continuam, no essencial, a decorrer da mesma forma desde o 25 abril, há quase meio século. O voto eletrónico e o voto por correspondência têm de ser introduzidos.



Somos Coimbra

18 de janeiro de 2021

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