top of page

Coimbra precisa de um adequado plano de Arborização

2ª parte da intervenção inicial da vereadora Ana Bastos na Reunião de Câmara de 24 de maio de 2021


Fotografia: "Diário de Coimbra"


Na última semana veio a público o abate das árvores de elevado porte nas proximidades das Escolas Secundárias Avelar Brotero e Infanta Dona Maria, levado a cabo no âmbito das obras do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), para requalificação dos Caminhos Pedonais de Cruz de Celas – Baixa / Arregaça e Lóios. Essa ação injustificada gerou de imediato uma onda de contestação e de indignação por parte da população local, bem como a criação de uma petição onde se exigiu a suspensão imediata do abate de árvores, a qual, em poucos dias, reuniu mais de 700 assinaturas.


Esta ação na sequência da desflorestação infundada e desregrada recentemente levada a acabo na zona do Rebolim, a destruição da galeria ripícola da margem direita do Mondego e as dúvidas que permanecem em relação à sobrevivência dos plátanos no Parque Manuel Braga, consolidam a ideia de que o PS Coimbra não dispõe de sensibilidade, nem de uma política ou estratégia de defesa ambiental para combate às alterações climáticas.


Mas mais uma vez, esta situação realça e patenteia o falhanço que tem sido esta política camarária, baseada no secretismo e na ocultação dos projetos de execução, quer à oposição, quer à população, desprezando e menosprezando o potencial associado aos contributos dos cidadãos. Se os projetos tivessem sido divulgados e explicados, promovendo o envolvimento da população e uma cidadania participada, seguramente que muitas contendas poderiam ser evitadas.


Mas só agora a CMC se apressou a dar justificações e a descrever os projetos no seu site oficial, ainda assim, sem se fazer acompanhar de uma única peça desenhada que evidencie a bondade das obras em curso. E se a fundamentação técnica é a condição biológica e mecânica das árvores, então em nome da transparência, desafia-se o Sr. Presidente a tornar público o estudo fitossanitário que suporta essa decisão.


Não basta dizer que se vão “plantar sete novas espécies por cada exemplar retirado” quando o que não falta na zona da Solum, e em toda a cidade, são caldeiras vazias e abandonadas e passeios sem árvores. Sr. Presidente, perante tanta zona inóspita, plantar 160 árvores não passa de “uma gota no oceano”.


Coimbra precisa de um adequado plano de Arborização, que garanta a reposição do coberto vegetal autóctone e se afirme como um instrumento participativo de desenvolvimento sustentável e da qualidade de vida urbana.

Pode ler a 1ª parte da intervenção inicial da vereadora Ana Bastos aqui.



Comments


bottom of page