Boletim #39 (11 de setembro de 2020)
Contribuição do Somos Coimbra para a “Visão Estratégica para a Recuperação Económica de Portugal 20-30”
Contribuição do Somos Coimbra para a “Visão Estratégica para a Recuperação Económica de Portugal 20-30”
O Governo entendeu solicitar uma Visão Estratégica para a Recuperação Económica de Portugal 20-30 a António Costa Silva e submeter este trabalho a consulta pública.
O movimento Somos Coimbra analisou esta Visão Estratégica com atenção e entendeu contribuir com o envio de um documento estratégico englobando um vasto e ambicioso conjunto de 35 propostas, que são também nossos propósitos, a que chamámos de “Coimbra, o Centro do Centro”, que foi apresentado esta manhã, em conferência de imprensa online.
No essencial, a Visão Costa Silva esquece Coimbra, o que não admira, pois os sucessivos governos da Câmara reduziram Coimbra a um irrelevante 65º lugar nacional na produção de bens para exportação. É preciso inverter esta situação e, com os concelhos vizinhos, impedir a atual tendência para bipolarizar Portugal nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Coimbra precisa readquirir a sua posição central na sua região sendo fundamental para isso uma aposta firme em políticas de desenvolvimento e em investimentos públicos e privados que permitam contrariar as tendências de perda populacional e de envelhecimento e assim alavancar as mudanças necessárias à sua afirmação às escalas nacional e global.
Porque o Somos Coimbra considera que o desenvolvimento de Coimbra tem de passar por uma estratégia integrada para a dinamização dos diferentes sectores que podem gerar riqueza e emprego, o Somos Coimbra propõe um conjunto de medidas nos setores da Reindustrialização e Criação de Emprego; do Turismo; da Ciência e Tecnologia; da Saúde e Bem Estar; da Mobilidade e dos Transportes; da Educação, da Cultura e da Qualidade de Vida dos Conimbricenses.
Algumas das medidas apresentadas em conferência de imprensa podem ser consultadas aqui.
Ler contribuição do Somos Coimbra na íntegra aqui.
Somos Coimbra reuniu com o Conselho de Administração do CHUC: Já não vai haver silo de estacionamento
Para se inteirar do futuro do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), o Somos Coimbra reuniu com o seu Conselho de Administração.
O Somos Coimbra foi surpreendido com a informação de que já não será construído o silo para estacionamento automóvel previsto há mais de 30 anos, com capacidade para cerca de 1200 lugares e que todo o espaço de estacionamento à superfície dos HUC irá ser reorganizado, mas sem capacidade de resposta para a atual procura automóvel. Está ainda em estudo a implementação de um sistema de controlo de acessos. A não construção do silo irá condicionar o acesso automóvel ao complexo hospitalar, mantendo a gravosa situação atual, o que deverá implicar, por parte da CMC o estudo e aplicação de soluções alternativas para mitigação dos problemas de acessibilidade locais.
Assim, a CMC terá de obrigatoriamente assumir as suas responsabilidades legais de regulação e resolução dos problemas de trânsito, acessibilidade e estacionamento no perímetro dos três hospitais que se localizam na zona de Celas, pelo que a CMC não pode continuar a aprovar novos loteamentos, ou alterações a alvarás que possam contribuir para agravar os problemas de congestionamento já atualmente caóticos. Recorde-se a recente proposta de aumento brutal da volumetria de construção na Av. Bissaya Barreto, num lote junto ao IPO, a que nos opomos porque iria agravar ainda mais difícil a situação atual.
O Somos Coimbra exige que a Câmara desenvolva urgentemente um plano de mobilidade e de estacionamento para a zona de Celas, que inclua projetos e ações concretas para resolução dos graves problemas atuais e futuros.
Mas é urgente resolver também a acessibilidade dos doentes e acabar com a situação degradante nas longas filas em que são obrigados a esperar, em que alguns doentes inclusivamente se sentem mal.
Cartoon da autoria do Movimento Humor
Ano letivo vai arrancar sem Plano de Transporte Escolar
Tal como o Somos Coimbra alertou, já está em vigor desde 1 de setembro, por insistência da PS de Coimbra, a transferência de competências na área da educação do Governo para a autarquia. Qual a pressa em descentralizar, se o ano letivo vai arrancar sem a existência de um Plano de Transporte Escolar adaptado às necessidades dos alunos?
O Somos Coimbra entende que a CMC não tem um verdadeiro Plano de Transporte Escolar, pois limita-se a oferecer o passe mensal a quem tenha acesso aos transportes públicos, em local e horários compatíveis. E quem não tem? Que estudo já foi feito relativamente a estes alunos? Recorde-se, por exemplo, o caso dos alunos que vivem na zona norte do concelho.
O Somos Coimbra já propôs formalmente que a CMC efetuasse um estudo sobre as acessibilidades dos alunos que estão sob sua responsabilidade aos respetivos estabelecimentos de ensino. Sublinhe-se que a primeira obrigação que a Câmara tem de cumprir é “o direito à igualdade de oportunidades de acesso e sucesso escolar” consagrado na Constituição da Républica Portuguesa. O Somos Coimbra entende que a CMC está a violar esta obrigação legal, moral e ética. Lamentavelmente, a Câmara tem privilegiado a política do alcatrão em prejuízo da política de Educação.
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Opinião de Carlos Fiolhais no “Público”: “Democracia em queda”
«Uma alteração legislativa que acaba de ser publicada pela calada, com a complacência do Presidente da República, após o PS ter apoiado uma proposta do PSD na Assembleia da República, veio limitar a participação dos movimentos independentes nas próximas eleições autárquicas, daqui a pouco mais de um ano. Os dois maiores partidos nacionais, nesta sua tentativa de monopolização da democracia, estão de facto a prejudicá-la, alienando cada vez mais o eleitorado. (…)
No conjunto do país, os grupos de cidadãos ganharam 17 câmaras. Nalguns casos, como em Coimbra, um movimento independente — o “Somos Coimbra” — é a oposição, pretendendo ganhar a Câmara. Com o recente golpe do PSD e do PS, que parece contrariar a Constituição (artigo 113.º-3b), torna-se mais difícil a tarefa dos cidadãos que se mobilizam pelas suas terras, que além do mais são alvo de discriminação fiscal. O presidente da Associação dos Movimentos Autárquicos Independentes resumiu: “Os candidatos dos partidos jogam com melhores botas, os partidos fazem as regras e nomeiam o árbitro e o Estado é o sponsor.”»
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