Boletim #21 (8 de maio de 2020)
Os SMTUC após o Estado de Emergência: As propostas do Somos Coimbra
Os SMTUC após o Estado de Emergência: As propostas do Somos Coimbra
Como esta crise sanitária não vai passar tão depressa, embora o Estado de Emergência tenha terminado, é urgente aplicar medidas que permitam o uso do Transporte Público (TP) em boas condições sanitárias, fomentando um sentimento de segurança e de confiança nos utilizadores. Muitos autocarros circulam vazios… Por isso, é urgente reverter esta tendência, de outra forma estará em causa a sobrevivência e sustentabilidade económica dos SMTUC. O Somos Coimbra saúda as medidas já anunciadas, quer de reposição da oferta, quer de garantia de condições sanitárias para os motoristas e os passageiros dos autocarros. No entanto, entende que é necessário olhar para além do que acaba de ser decretado pelo Governo, para aumentar o nível de confiança dos utilizadores, tornando os SMTUC seguros, mais amigáveis e acessíveis a todos.
A necessidade de facilitar, em segurança, o acesso à compra dos bilhetes e ao carregamento de passes sociais é uma das prioridades. Estando decretada a proibição de venda de bilhetes a bordo importa ainda alargar a rede de lojas dos SMTUC e de agentes autorizados, com particular destaque para as freguesias e locais de interface com outros modos de transporte, como é o caso das estações Coimbra A e B e central de camionagem. É igualmente urgente disponibilizar máquinas de venda automática disponíveis 24/24h, localizadas em sítios estratégicos, e acelerar a implementação do sistema de bilhética e de apoio à exploração, adjudicada recentemente à MEO. Pode ver na íntegra as 9 propostas para os SMTUC explicados pela vereadora Ana Bastos.
Coimbra não pode continuar a aceitar ser discriminada em relação às áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto pelo que é altura de assumir, perante o governo, uma posição determinada e reivindicativa.
Reabrir as reuniões da Câmara Municipal de Coimbra aos cidadãos e transmiti-las online
Sem necessidade, o Partido Socialista de Coimbra suspendeu a participação dos cidadãos e dos jornalistas nas reuniões da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) durante o Estado de Emergência, impedindo a sua participação à distância, criando assim obstáculos ao normal exercício da democracia. Agora com o país em situação de calamidade, o que vai exigir ainda mais sentido de responsabilidade por parte de todos, continua a não haver razões para esta suspensão.
O Somos Coimbra propõe que a participação dos cidadãos e dos jornalistas seja imediatamente retomada, embora por videoconferência e não presencialmente, dado ainda estarmos em situação de grande risco de recrudescência da pandemia COVID-19 e ser essencial manter o distanciamento social. É crucial que os munícipes continuem a ter oportunidade de intervir, ou pelo menos de acompanhar o debate, à semelhança do que acontecia antes do Estado de Emergência, em que as reuniões eram abertas ao público. Veja-se, por exemplo, o caso do Município da Mealhada, que promove as intervenções dos munícipes por videoconferência. Estamos numa altura em que é central acompanhar o desenvolvimento e envolver as pessoas, não afastá-las.
Apesar do vice-presidente da CMC referir que as “reuniões virtuais não existem”, o Somos Coimbra relembra a proposta do Movimento da transmissão direta das reuniões por via digital, à semelhança de outros municípios (exº: Figueira da Foz), o que permite promover a transparência e o debate construtivo das questões autárquicas, para além de reforçar os próprios compromissos de governação e enriquecer a democracia.
José Manuel Silva: “Estão a ocorrer três pandemias em simultâneo”Convidado recentemente no programa “Alvorada” da Rádio Universidade de Coimbra, José Manuel Silva frisou ao longo do programa que a pandemia de COVID-19 veio para ficar. As medidas de contenção não estão a evitar mortes por COVID-19, mas sim a adiar as mesmas. José Manuel Silva considerou ainda que estão a ocorrer três pandemias ao mesmo: a COVID-19; o não tratamento de outros doentes resultante do direcionamento de recursos e a crise económico-social.
Ouvir entrevista na íntegra aqui.