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Boletim #16 (3 de abril de 2020)

União de Freguesias de Souselas e Botão na linha da frente no combate ao coronavírus

 

 

 

 

 

 


União de Freguesias de Souselas e Botão na linha da frente no combate ao coronavírus
É junto às casas das pessoas, particularmente as mais frágeis, que a luta contra a pandemia se decide. Rui Soares, presidente da junta de Freguesia de Souselas e Botão pelo Movimento Somos Coimbra, demonstra no dia a dia como esse acompanhamento deve ser feito. O primeiro nível a apoiar é a rede de vizinhos que ajuda todos os idosos isolados, com a palavra amiga, o ir às compras, a ajuda na preparação das refeições, a vigilância em relação a qualquer sintoma preocupante, mas também a explicação prática das medidas de contenção em vigor no estado de emergência. Num intenso corrupio diário, o presidente, imediatamente esclarece e direciona, ou põe em contacto com a pessoa certa na junta de freguesia, ou no centro de saúde, na segurança social, nos bombeiros, nos lares que dão apoio domiciliário, etc. Esta rede de vizinhos-amigos é tão importante que cobre todos os idosos isolados da freguesia.

O contacto com os dois lares de idosos da freguesia é permanente. A higienização dos acessos, a ajuda na definição dos procedimentos a seguir em caso de suspeita de infeção, a preparação de espaços de isolamento, tudo isso é feito em conjunto com a junta de freguesia. Também quando é necessário ser amigo de uma freguesia vizinha: a deteção de mais de 15 infetados com SARS-CoV-2 num lar de idosos de Torre de Vilela resultou na suspensão do serviço de apoio alimentar domiciliário que prestava, tendo esse serviço passado a ser assegurado pelo Centro de Apoio Social de Souselas. Outra frente é a desinfeção/higienização dos lugares mais frequentados da freguesia. 

Apesar de a Junta estar a dar a máxima resposta, existem limitações. Por exemplo, Rui Soares reconhece a extrema necessidade de distribuição de material de proteção individual pelas instituições da freguesia. No entanto, apesar dos requerimentos já feitos quer à Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra quer à Câmara Municipal de Coimbra (CMC), ainda não obteve resposta. 

Uma vez que são os presidentes de Junta que conhecem a realidade do terreno e acompanham as situações de perto, Rui Soares sublinha que a CMC devia promover uma “estratégia articulada com as juntas de freguesia” no combate a esta pandemia. Nada disso acontece. Os presidentes de Junta estão entregues e si próprios. As redes de vizinhos-amigos, por exemplo, são totalmente ignoradas pela Câmara. Rui Soares apela ao apoio da CMC às freguesias, nomeadamente através do reforço do Fundo Municipal de Emergência Social.

Ler mais informação aqui.

Epidemia silenciosa – A subida da mortalidade nas doenças não COVID está a ser maior do que a mortalidade devida à COVID
O Movimento Somos Coimbra manifesta enorme preocupação com a substancial subida da mortalidade nas doenças não COVID. O consumo e a concentração dos recursos na pandemia do SARS-CoV-2 e o distanciamento social estão a levar a que os setores público e privado baixem a assistência às outras doenças e que os próprios cidadãos com outras patologias não se dirijam aos hospitais com medo de contágio da COVID, o que já se nota nos números de mortalidade global do mês de março. É essencial que seja dada visibilidade aos números globais de mortalidade e não apenas à mortalidade devida à COVID-19, para que os recursos disponíveis sejam aplicados de forma mais equilibrada. 

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Entrevista a Carlos Fiolhais no “Diário de Notícias”

«O cientista, professor de Física na Universidade de Coimbra e o mais importante divulgador científico português, considera que a ciência está a fazer o que pode: "Mas não há milagres". Deixa uma certeza: "Apesar de todos os ataques de vírus e bactérias, a humanidade está mais forte que nunca". Está fechado em casa há duas semanas como muitos portugueses e olha com esperança a situação do mundo sob uma pandemia que não se adivinhava poder regressar ao planeta de uma forma tão violenta. Quando se lhe pergunta se as pessoas poderão "perder" a cabeça nestas próximas semanas de isolamento social, responde com cautela: "Não direi perder, mas sei que nem todos estão com a cabeça segura. O que é preciso agora? Responder racionalmente ao problema. Ele existe e é preciso usar o melhor do nosso conhecimento e ter muito em conta a atitude de cada um para resolver a questão".»

Ler entrevista completa aqui.

Executivo socialista recusa agendar proposta de duplicação do Fundo de Apoio Social de Emergência e insiste em reunião presencial
A proposta do Somos Coimbra de duplicação do Fundo de Emergência Social, de forma a dar resposta às graves consequências da pandemia não foi incluída no agendamento da próxima reunião de Câmara. A coligação PS-PCP persiste na inexplicável decisão de baixar o valor do Fundo em relação ao que tinha sido aprovado no Orçamento para 2020, apesar do estado de emergência em que nos encontramos. 

Acresce que os vereadores do Movimento Somos Coimbra foram surpreendidos com nova convocatória para uma reunião da Câmara, no próximo dia 7 de abril, em modo presencial, apesar do Estado de Emergência. Isto depois de já tirem sido efetuados dois requerimentos a solicitar reunião por videoconferência, relativos à reunião do dia 23 de março de 2020

O Somos Coimbra não consegue compreender a obstinação em fazer reuniões presenciais, invocando pretensas dificuldades técnicas. Câmaras Municipais com meios bem mais limitados do que Coimbra souberam resolver essas questões técnicas e já estão a ter reuniões por videoconferência. Exemplifica-se com as limítrofes Condeixa-a-Nova e Mealhada, mas também podem referir-se os casos de Alfandega da Fé, Tomar, Odivelas, Montijo, Chamusca, Benavente, Ourém, Pinhel, Odemira, Covilhã, Mira, Elvas, Tábua, Peniche, Loures, Vila Real, Vagos, para além de tantas outras por esse país fora (como Lisboa e Porto, naturalmente), que já nem dá para contabilizar. 

Recorde-se ainda que um dos vereadores do Somos Coimbra é médico numa enfermaria de Medicina Interna dos HUC/CHUC, onde já passaram doentes que acusaram positividade ao SARS-CoV-2. Portanto, o risco de o próprio vereador estar, ou vir a estar, infetado, é elevado, o que ainda mais desaconselha a reunião presencial.

Ler o novo requerimento a solicitar reunião por videoconferência aqui

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